GT01 - Gênero, sexualidade e raça: processos de interseção nos espaços escolares e não escolares
Coordenação:	FABIANE FREIRE FRANÇA (UNESPAR-CAMPO MOURÃO) prof.fabianefreire@gmail.com DELTON APARECIDO FELIPE (UEM) ddelton@gmail.com
Resumo:	Este Grupo de trabalho (GT) objetiva reunir pesquisas e pesquisadores/as que investiguem as relações de gênero, sexualidade e/ou raça nos espaços escolares e não escolares e seus impactos sociais. O GT está aberto às diferentes vertentes teóricas e parte do pressuposto que a escola é um espaço legítimo para as discussões que envolvam a diversidade, pois (re)produz e opera representações para a formação dos sujeitos. De modo semelhante outras instâncias sociais, como a mídia, a família, a igreja, dentre outras, apresentam modos de ser homem e mulher e as marcas que podem ser produzidas em seus corpos. Vale conceituar a articulação social binária entre os conceitos de sexo, gênero e sexualidade. Historicamente foi legitimado que ao nascer macho ou fêmea, o sujeito será masculino ou feminino e terá uma predisposição heterossexual. Quando essa articulação binária não ocorre os sujeitos considerados diferentes e desiguais sofrem discriminações e preconceitos. Todavia, compreendemos que as identidades humanas são plurais e envolvem muitas outras articulações e recombinações, o que nos leva a pensar também o conceito de raça, como um dispositivo que foi construído dentro de uma trama social de determinado momento histórico, e não é um objeto que pode ser medido como se fosse uma entidade biológica. Raça é um conceito polissêmico, foi utilizado historicamente como forma de segregar e separar os grupos humanos, referenciado no argumento de que os humanos eram divididos biologicamente em raças inferiores e superiores. Isso justificou a categorização e a inferiorização de grupos como negros, índios e judeus. Nesse sentido, problematizamos: como as questões de gênero, sexualidade e raça podem ser abordadas em espaços escolares e não escolares para a compreensão da diversidade social e cultural? Destacamos a relevância da linguagem na produção das subjetividades e identidades nas instâncias sociais. Afinal, a linguagem funciona como mediação e significação das relações humanas. Essas linguagens são também produzidas por diferentes instituições sociais, dentre elas a mídia. Desse modo, a mídia, como uma instituição não escolar, também produz uma pedagogia cultural que reverbera modos educativos e representações que são legitimados e se constituem como verdades partilhadas pelos sujeitos sociais na produção de suas identidades de gênero, de sexualidade, de raça, de classe social, etc. Por isso, temos ainda como foco neste GT, a produção de dispositivos midiáticos que abordem as relações de gênero, sexualidade e raça, tais como, documentários, filmes, publicidades, desenhos, etc. Compreendemos a mídia como campo de pesquisa para analisar as representações sociais na publicidade por diferentes perspetivas teóricometodológicas. Consideramos que a utilização destas mídias na formação dos sujeitos pode abrir espaços para a pluralidade das pedagogias de gênero, sexualidade e raça na sociedade. O ST objetiva analisar das diversas manifestações religiosas, buscando refletir acerca de suas relações com os discursos que as compõem e dos processos nos quais os diversos grupos religiosos produzem e/ou reproduzem seus discursos e normalizam suas práticas em diferentes espaços - religiosos ou não. Nesse sentindo, o ST preza pelo diálogo transdisciplinar com o intuito de contemplar os diversos enfoques que se lançam sobre os discursos e/ou práticas religiosas, não apenas da religião e seus desdobramentos, mas da experiência religiosa como construção de conhecimento enquanto a religião se apresenta como ordem do mundo.

GT02 - Políticas Públicas contra a Homofobia: história, perspectivas e desafios
Coordenação:	MARCOS DA CRUZ ALVES SIQUEIRA (FACULDADE INTEGRADA) marcosdacruzalves@hotmail.com ISABELA CANDELORO CAMPOI (UNESPAR-PARANAVAÍ) belacampoi@hotmail.com
Resumo:	A proposta deste GT é receber trabalhos resultantes de pesquisas desenvolvidas ou em desenvolvimento que abordem o tema das políticas públicas contra a homofobia e seus impactos em espaços e instituições diversas (ensino, saúde, judiciário, empresas, serviços de assistência social etc.). A luta contra a discriminação por orientação sexual está ligada à defesa dos direitos humanos; tem uma história de engajamento pessoal e coletivo, e de ações em diferentes frentes. Neste sentido, serão bem vindos trabalhos que proponham regatar esta história relativamente recente de defesa da população LGBTTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transsexuais e Intersexo). Não menos importante será a discussão a partir de pesquisas que apontem a implementação e/ou eficácia de políticas públicas na atualidade, diagnosticando seus impactos na qualidade de vida da população LGBTTI no Brasil e no mundo. Em um outro viés de análise, o GT pretende enrijecer tal debate com trabalhos que tragam à baila os desafios enfrentados para a execução das políticas públicas para o enfrentamento da homofobia frente à onda reacionária que se esboça no horizonte à nível mundial. Os índices alarmantes de homofobia em espaços sociais diversos explicitam a urgência deste debate, afinal, é através da educação e da implementação de políticas públicas que será possível erradicar as várias formas de opressão. Deste modo, propõe-se incentivar trabalhos nesta área no sentido, também, de aproximar as políticas públicas da realidade deste grupo vulnerável. Através do incentivo dos coordenadores e dos debates trazidos pelos participantes do GT, pretende-se detectar a efetivação ou não das políticas públicas já existentes, assim como propor outras frentes de atuação contra a homofobia em diferentes áreas.

GT03 - Famílias, educação escolar e sexualidades: interfaces com mídias, cinema e literatura
Coordenação:	ISAÍAS DE OLIVEIRA JÚNIOR (UNESPAR-APUCARANA) jr_oliveira1979@hotmail.com SOLANGE FRANCI RAIMUNDO YAEGASHI (UEM) solangefry@gmail.com
Resumo:	A amplitude e a complexidade conceitual presentes nos temas família, educação, gênero e sexualidade, convida ao trabalho estudiosos de diferentes áreas que desejam discutir, conjuntamente, as múltiplas problemáticas aí envolvidas e, no caso deste grupo de trabalho, conferindo-se ênfase as suas relações com as mídias, o cinema e a literatura. Compreender a família na contemporaneidade é um exercício que exige profundas reflexões, visto que as organizações familiares são múltiplas, assim como o são as suas possibilidades teóricas explicativas. Tanto as estereotipias como as subversões aos tradicionais modelos de família, sexualidade(s), identidade de gênero e reprodução humana, bem como as compreensões de parentesco, trazem questões e dilemas que rebatem em questões que importam à educação, seja a escolar ou não, uma vez que tanto a mídia, o cinema quanto a literatura pulverizam e tornam visível uma série de experiências biográficas e modelos organizacionais. É de relevante importância que, dentre tais problemas, sejam destacadas as questões relativas às sexualidades(s) e as questões de gênero. Neste grupo de trabalho queremos reunir pesquisadores que se proponham a formular discussões que articulem os temas da família, gênero e sexualidade(s) e os usos, apropriações e significados em mídias, cinema e literatura tendo em vista suas relações com projetos e processos educativos. Entendemos que as linguagens midiáticas, cinematográficas e literárias estão envolvidas e incidem na produção de subjetividades e em mecanismos identitários. Enfim, a questão principal que norteia esse GT pode ser colocada da seguinte forma: quais lugares e tipos as famílias, em suas conjunções com o gênero e as sexualidades, têm ocupado em produções cinematográficas, midiáticas e literárias? Trata-se de compartilhar os resultados de investigações cujas análises visem compreender como determinadas representações de família, gênero e sexualidade(s) incidem na produção de desigualdades, práticas de violência, discrimação e exclusão social. Em outras palavras, indagamos: em que medida algumas imagens, também presentes nas mídias, literatura e cinema, contribuem para afirmar ou contestar determinadas sexualidades, gênero e tipos de família como legítimas e com direitos e outras não? Como contestação e problematização dos discursos que buscam normatizar e domesticar a identidade de gênero e as sexualidades? De que modo articulamos, em nossas pesquisas, educação e tais dilemas? Quais são os valores, questões éticas e de direitos aí envolvidas? Que lugar político e social a educação ocuparia em face de tais interrogações?

GT04 - Formação de professores, gênero, e diversidade sexual no contexto da escola
Coordenação:	VALESKA MARIA FORTES DE OLIVEIRA (UFSM) vfortesdeoliveira@gmail.com GABRIELLA ELDERETE MACHADO (UFSM) gabriellaeldereti@gmail.com VÂNIA FORTES DE OLIVEIRA (CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO) vfoliva@gmail.com
Resumo:	A pesquisa intitulada Perfil dos Professores Brasileiros realizada pela UNESCO entrevistou 5 mil professores durante o ano de 2002, entre os quais estavam docentes de instituições privadas e públicas, revelou que boa parte dos professores brasileiros no item que diz respeito a opinião sobre ter determinados grupos sociais na vizinhança (21,2%) responderam que não gostariam de ter homossexuais. Maior ainda é a parcela de professores que se diz indiferente (72%). Esse último dado chama a atenção para uma grande parcela dos professores que ignora as questões relativas ao gênero, principalmente no que tange a homossexualidade. Pode-se pensar que tal concepção será reproduzida na escola, de modo que o tema gênero só aparece quando envolve a sexualidade dos alunos e quando isso é um problema para a escola. Déborah Brtizman (2013) questiona a sexualidade no processo pedagógico e indaga se tal dispositivo mudaria a forma de trabalhar de professores e professoras, visto que a cultura escolar parece estar voltada para um currículo que pressupõe o ensino de fatos e não da compreensão de questões íntimas. Assim, a autora discorre sobre a impossibilidade de questões que gerem curiosidade. Contrária a essa ideia seria uma estrutura que possibilitasse “uma abordagem cuidadosa e ética da sexualidade na educação”. Nesse sentido, Briztman apresenta um modelo de educação ancorado na leitura de livros de ficção e poesia, filmes e de discussões interessantes, visto que isso proporcionaria questões para reflexão. Entretanto, seguindo as ideias da autora, como isso seria possível sem uma formação de professores voltada para as questões de gênero? Concordamos com a autora, por entender que a formação de alunos e professores necessita contemplar essas questões do cotidiano. Colocando em prática políticas educacionais que propõem a discussão sobre a construção de identidades e subjetividades de gênero (BRASIL, 2007). Por um viés que se contrapõem ao modelo convencional baseado na heteronormatividade. Pensando nisto, esta proposta de GT busca dialogar com a formação docente e as problemáticas que envolvem a inserção das questões de gênero e diversidade sexual, além da promoção da igualdade de gênero, e o enfrentamento da homofobia e outros tipos de discriminação

GT05 - Gênero, Sexualidade e Saúde
Coordenação:	MURILO MOSCHETA (UEM) murilomoscheta@me.com DANIELE FERRAZZA (UEM) daferrazza@uem.br
Resumo:	A efervescência dos estudos sobre a saúde da população LGBT nos últimos anos tem se alimentado dos aportes teóricos críticos do feminismo e dos estudos de sexualidade, contribuindo com a construção de um campo de produção de saberes críticos e práticas de cuidado inovadoras. Se inicialmente o estudo da saúde da população LGBT restringia-se aos aspectos relacionados à saúde mental e à relação da sexualidade com as doenças sexualmente transmissíveis, hoje eles incluem temas muito mais amplos. Dentre os diversos temas, destaca-se a determinação social da doença, a relação da sexualidade e gênero com outros marcadores sociais da diferença como raça e classe social no campo da saúde, a problematização da cisheteronormatividade das práticas e instituições de cuidado, a promoção da cidadania e garantia de direitos e a análise da implementação e efeitos de políticas de saúde específicas como a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Neste contexto, esse GT tem como objetivo reunir estudos, reflexões e pesquisas com o foco no modo como o gênero e a sexualidade são abordados no campo da saúde. A discussão que buscamos produzir poderá incluir temas relacionados às políticas públicas de saúde, às práticas de atenção à saúde, à formação profissional e à ética-política do cuidado a partir do vértice dos estudos de gênero e sexualidade. Especificamente, os trabalhos podem versar sobre: a determinação social da saúde; necessidades em saúde; itinerários terapêuticos; o processo transexualizador; a despatologização das identidades trans; saúde mental e atenção psicológica; estratégias de combate à violência e homofobia; acompanhamento e avaliação das políticas de saúde de gênero e LGBT; participação e controle social na gestão dos serviços e na política de saúde; obstáculos no acesso aos serviços de saúde; desafios da intersetorialidade na atenção em saúde; formação dos diferentes profissionais de saúde; entre outros. Esperamos que a análise crítica desses temas possa contribuir para a construção de uma agenda política, técnica e científica que assegure os direitos de saúde dessa população e contribua com a construção de uma teoria e prática psicológica comprometida com a universalidade, equidade e integralidade no âmbito das Políticas Públicas de Saúde no Brasil.

GT06 - Educação sexual e formação docente: múltiplos olhares, ações docentes e micro-resistências
Coordenação:	RODRIGO PEDRO CASTELEIRA (SEED) pccasteleira@gmail.com FRANCIELE MONIQUE SCOPETC DOS SANTOS (UFM) franciele.scopetc@ufma.br
Resumo:	As ações docentes podem ser delineadas como micro-resistências quando às articuladas entre os planos de trabalho docentes, currículos e as identidades e gêneros, sobretudo ao representar enfrentamentos que estão no espaço escolar. a proposta deste GT é a de dar voz às experiências, teóricas e práticas, no/do âmbito escolar, o que permite as intersecções de discussões que atravessam as instituições de ensino: corpos, identidades, gêneros, classes, idades, etnias, raças e sexualidades. Sendo assim, nosso grupo de trabalho se orientará aos resultados de pesquisas que descrevam práticas escolares da/na educação sexual, pesquisas e experiências que adotaram ou adotem a interseccionalidade na formação inicial no tocante as temáticas de gênero e sexualidade, no âmbito das licenciaturas. Assim como, primamos por dar voz as/os sujeitos quando entendemos a necessidade de dar voz aquelas e aqueles que em seus cotidianos de atuação exercitam a resistência de compreender a educação como prática emancipadora e, sobretudo, compreendem a ação docente pautada em um educação escolar: nãoclassista, não-sexista, não-machista, não-racista, não-LGBTfóbica.

GT07 - O ensino superior e as temáticas de sexualidades e gêneros: (im)possibilidades e problematizações
Coordenação:	DANIELLE JARDIM BARRETO (UNIPAR-UMUARAMA) danibarreto@unipar.br ROGÉRIO AMADOR DE MELO (UMUARAMA) rogeriomelo@unipar.br WILIAM SIQUEIRA PERES (UNESP/ASSIS) pereswiliam@gmail.com
Resumo:	Este GT se enuncia a partir de questionamentos acerca dos constantes embates vivenciados e das linhas de tensão agenciadas em sala de aula no ensino superior, que se enunciam ao trazermos a temática de outras sexualidades, outros prazeres e de outras expressões de gênero, dissidentes dos modelos identitários heteronormativos, em nosso cotidiano universitário. Destes tensos encontros, anunciam-se indagações como: - Que pessoas estamos ensinando? - Que profissionais estão se formando atualmente? E mais uma indagação ainda: - Há uma identidade profissional unificada nos diversos cursos de formação no ensino superior? Neste GT, convidamos que pesquisadores em geral, nos contemplem com problematizações de suas experiências na invenção de tecnologias e de conjuntos de estratégias que abordem as temáticas de gêneros e sexualidades nas ações de estágios e extensões, ou até mesmo em ementas e programas de disciplinas/módulos, que tanto podem contribuir para a ampliação na formação profissional no ensino superior, e suas conexões com a realidade e os movimentos sociais, quanto denunciam as estratégias que podem aprisioná-los em conceitos e metodologias descontextualizadas que reificam biopolíticas de manutenção ao Estado neoliberal, na materialização de profissionais que em suas atuações deixarão transbordar práticas misóginas,homobitransfóbicas etc.

GT08 - Apelo aos corpos abjetos, desviantes e excessivos
Coordenação:	LUDMILA DE ALMEIDA CASTANHEIRA (UEM) ludmilacastanheira@gmail.com CLEBERSON DIEGO GONÇALVES (SEED) maddoxcircus@gmail.com
Resumo:	Embora hiperexpostos e utilizados enquanto ferramenta para as negociações de consumo, os corpos seguem interditados. Destes corpos interessa a docilização a que se sujeitam, a partir de rígidas linhas de subjetivação das quais escapam formas, odores e condutas específicas. Talvez por sua potência disruptiva, há um esforço em manter algumas manifestações não vendáveis do corpo exiladas nos espaços públicos, e a preocupação de propagá-las como abjetas, desviantes, excessivas. A performance enquanto transgressão da norma tem reivindicado estes desvios e sobras como material criativo, de experimentação, questionamento e (in)definição do corpo e da sexualidade, prescindindo das chancelas e validações oferecidas pelo aporte mercadológico. O corpo, em suas muitas dimensões, converte-se em objeto e sujeito de ações não funcionalizadas e que acabam por redefinir (des)identidades, e a própria relação entre corpo e arte. Este GT se propõe a flexionar territórios, abrindo campos para a experimentação/ação do corpo em um espaço regido por dispositivos biopolíticos, de vigilância e repressão: a universidade. Para o que, toma a performance como potência para produção de discussões acerca do trânsito de corpos calados, abjetificados, marginalizados. Em ambiente aberto, externo à arquitetura das salas de aula, o GT se desenvolverá a partir dos trabalhos, ideias e gritos que nele poderão ser compartilhados e difundidos. Convidamos a todas e todos que se interessem a discutir essas temáticas, que enviem elaborações nas formas performativa ou escrita, considerando o corpo enquanto suporte político, cultural, de resistência.
Inscrição:	Para este GT é necessário preencher a ficha de inscrição. CLIQUE AQUI para baixar a ficha de inscrição.

GT09 - Investigando políticas públicas em gênero e sexualidades: linguagens, ativismos e subjetividades
Coordenação:	CLAUDIA RAIMUNDO REYES (UFSCAR) claudiareysufscar@gmail.com HAMILTON ÉDIO DOS SANTOS VIEIRA (UFSCAR) hamiltonv@hotmail.com
Resumo:	Na edição do V Simpósio Internacional de Educação Sexual: saberes/trans/versais, currículos identitários e pluralidades de gênero, pretendemos explorar o campo das investigações e reflexões sobre políticas públicas, pensando-as em suas pluralidades a partir dos diferentes lugares por onde as pesquisas têm atuado na relação das políticas públicas e as temáticas em gênero e sexualidades. Para nossa proposta, a ideia é levantar discussões sobre as políticas públicas e dialogar como esses espaços de produção das normatizações institucionais em gênero e sexualidades que se constituem em sujeitamentos e tornam estes sujeitos institucionalmente reconhecíveis e a partir disto, problematizar os processos investigativos pelos quais xs pesquisadorxs lidam com a questão de como estes sujeitos administram relações de poder e produzem resistências. Discutir também sobre a produção da diferença e das subjetividades nesses contextos e os diferentes processos históricos e culturais sob os quais nossas sociedades têm falado sobre políticas públicas e as questões tocantes às relações de gênero e sexualidades. Temos interesse em agregar desde pautas e reflexões dos movimentos sociais e os diferentes ativismos hoje presentes até as investigações acadêmicas com pesquisas (finalizadas ou em andamento), artigos e outras linguagens que possam explorar esta pauta, diante da atual fragilidade das políticas públicas na área de gênero e sexualidade, devido aos constantes ataques e progressivo desmonte dos governos/instituições e a insurgência em resistir a partir de diferentes lutas que fincam o pé entre a porta e a saída, procurando não deixar ela se fechar. Espera-se assim, produções que explorem construções identitárias, como por exemplo, as demandas LGBTTTIQA (lésbicas, gays, travestis, transexuais, transgêneros, intersexos, queers e assexuais), bem como da presença dxs não-identitárixs e cis-transgeneridade. Também discussões que incluam pensar sobre os processos de subjetivação no contemporâneo e problematize o combate à discriminação e às violências, advindas da atuação desde organizações não governamentais (ONG) e espaços educativos não formais como diferentes ativismos e movimentos sociais. Outros espaços, como lugares institucionalizados, principalmente a área da saúde e da assistência social, incluindo a educação formal, o currículo e as diferentes experiências sobre políticas educacionais da educação infantil à universitária serão muito bem vindas. As questões tocantes a metodologias de pesquisa, possibilidades e perspectivas teóricas e suas apropriações no campo da pesquisa em políticas públicas são outro foco importante, inclusive para se pensar os enfrentamentos sobre a constituição desse campo da pesquisa. Que possamos ainda que no espaço da discussão, fortalecer redes e construir caminhos mais sólidos para se pensar a sociedade e sua produção histórico-social e o sentido político que nossas ações possam assumir nesse sentido

GT10 - Gêneros e sexualidades: relações epistemológicas, metodológicas e práticas no ensino de ciências
Coordenação:	FABIANA APARECIDA DE CARVALHO (UEM) facarvalho@uem.br ÁLVARO LORENCINI JÚNIOR (UEL) lorencinijunior@gmail.com
Resumo:	Este Grupo de trabalho (GT) objetiva reunir pesquisas e pesquisadores/as que investiguem as relações de gênero, sexualidade e/ou raça nos espaços escolares e não escolares e seus impactos sociais. O GT está aberto às diferentes vertentes teóricas e parte do pressuposto que a escola é um espaço legítimo para as discussões que envolvam a diversidade, pois (re)produz e opera representações para a formação dos sujeitos. De modo semelhante outras instâncias sociais, como a mídia, a família, a igreja, dentre outras, apresentam modos de ser homem e mulher e as marcas que podem ser produzidas em seus corpos. Vale conceituar a articulação social binária entre os conceitos de sexo, gênero e sexualidade. Historicamente foi legitimado que ao nascer macho ou fêmea, o sujeito será masculino ou feminino e terá uma predisposição heterossexual. Quando essa articulação binária não ocorre os sujeitos considerados diferentes e desiguais sofrem discriminações e preconceitos. Todavia, compreendemos que as identidades humanas são plurais e envolvem muitas outras articulações e recombinações, o que nos leva a pensar também o conceito de raça, como um dispositivo que foi construído dentro de uma trama social de determinado momento histórico, e não é um objeto que pode ser medido como se fosse uma entidade biológica. Raça é um conceito polissêmico, foi utilizado historicamente como forma de segregar e separar os grupos humanos, referenciado no argumento de que os humanos eram divididos biologicamente em raças inferiores e superiores. Isso justificou a categorização e a inferiorização de grupos como negros, índios e judeus. Nesse sentido, problematizamos: como as questões de gênero, sexualidade e raça podem ser abordadas em espaços escolares e não escolares para a compreensão da diversidade social e cultural? Destacamos a relevância da linguagem na produção das subjetividades e identidades nas instâncias sociais. Afinal, a linguagem funciona como mediação e significação das relações humanas. Essas linguagens são também produzidas por diferentes instituições sociais, dentre elas a mídia. Desse modo, a mídia, como uma instituição não escolar, também produz uma pedagogia cultural que reverbera modos educativos e representações que são legitimados e se constituem como verdades partilhadas pelos sujeitos sociais na produção de suas identidades de gênero, de sexualidade, de raça, de classe social, etc. Por isso, temos ainda como foco neste GT, a produção de dispositivos midiáticos que abordem as relações de gênero, sexualidade e raça, tais como, documentários, filmes, publicidades, desenhos, etc. Compreendemos a mídia como campo de pesquisa para analisar as representações sociais na publicidade por diferentes perspetivas teóricometodológicas. Consideramos que a utilização destas mídias na formação dos sujeitos pode abrir espaços para a pluralidade das pedagogias de gênero, sexualidade e raça na sociedade.

GT11 - Gênero e religiosidade: relações santas e profanas entre a sexualidade e o sagrado
Coordenação:	PATRÍCIA LESSA DOS SANTOS (UEM) patrícialessa13@gmail.com SILVIO RUIZ PARADISO (UNICESUMAR) silvinhoparadiso@hotmail.com
Resumo:	O objetivo desse simpósio consiste em dialogar com as questões relacionadas a gênero, sexualidades e feminismos que permeiam as relações do sagrado e do profano, dentro das religiões e religiosidades. Atende-se ao olhar daqueles que se arriscam para tal temática dentro da Literatura, Comunicação, Educação, Artes, História e demais áreas do conhecimento, entendendo que as mesmas proporcionam inúmeras possibilidades de abordagens e discussões acerca da temática. A temática da religiosidade ganha um fórum privilegiado dentro da perspectiva de expansão das religiões neopentecostais e da intolerância religiosa crescente com relação aos grupos de matriz afro-brasileiras. Busca-se, dentro do campo interdisciplinar, agregar trabalhos que englobam discussões de gênero e religiosidades e suas demais experimentações pedagógicas. Questões que acolham as formas como as religiões e religiosidades atravessam as questões de gênero sejam elas a respeito de protagonismos, violências, silenciamentos, intolerâncias, práticas de resistência, e outras relações possíveis.

GT12 - Escola: lugar de sexualidades e gêneros!
Coordenação:	ANDRÉA CRISTINA MARTELLI (UNIOSTE) andreamartelli72@hotmail.com ALEXANDRE SEBASTIÃO FERRARI SOARES (UNIOESTE) asferraris@globo.com
Resumo:	A sexualidade e suas manifestações são inerentes à constituição humana, uma vez que constroem nossas subjetividades, nossas identidades e nossas vivências. Em meio a conceitos, preconceitos e mitos, expressamos nossa sexualidade em todos os espaços sociais, dentre eles, a escola. Temos presenciado muitas mudanças significativas em relação à abordagem da sexualidade na sociedade de uma forma geral, no entanto, também temos vivenciado discursos de intolerância diante das sexualidades e dos gêneros que fogem aos padrões heteronomativos, os quais produzem discriminação, violências, inclusive, crimes de ódio. Vivemos tempos contraditórios, de um lado, a sexualidade é exacerbada nos discursos midiáticos, na publicidade e no apelo ao prazer, por outro, essa mesma sociedade tenta negá-la, como exemplo, citamos o caso polêmico dos planos municipais de educação, quando em muitas cidades foi aprovada a retirada da discussão de gênero do documento e, quiçá, das escolas. Os discursos políticos e carentes de argumentos teóricos acusaram pesquisadores e pesquisadoras de gênero de defender o fim da família e promover a homossexualização das crianças. A escola é, necessariamente, um espaço atravessado por gêneros e sexualidades. Seja das crianças e adolescentes, seja dos professores e das professoras, das famílias, em outras palavras, gênero e sexualidade constituem o ambiente escolar, cabe a nós, profissionais da educação, a opção teóricametodológica do nosso trabalho diante dessas temáticas. Em face dessas premissas sucintas propomos esse grupo de trabalho para o V Simpósio Internacional em Educação Sexual: saberes/trans/versais currículos identitários e pluridades de gênero, no sentido de problematizar questões relacionadas à sexualidades e a gêneros e suas relações com a escola, compreendendo suas manifestações nas diferentes faixas etárias e analisando a importância da formação, inicial e continuada, docente no trato dessa temática.

GT13 - Gênero, sexualidades e Direito: reflexões sobre um campo jurídico em (des)construção
Coordenação:	ISADORA VIER MACHADO (UEM) isadoravier@yahoo.com.br CRISHNA MIRELLA DE ANDRADE CORREA (UEM/UFSC) crishnamirella@yahoo.com.br
Resumo:	Propõe-se uma discussão interdisciplinar sobre o estatuto epistemológico do campo jurídico e sua condição de tecnologia de gênero (LAURETIS in HOLLANDA, 1994), responsável por pautar modelos normativos de gênero e sexualidades. Mas também propostas que contemplem problemáticas sobre as novas possibilidades que confrontam o universo jurídico em suas estruturas tradicionais. Não se trata, portanto, de um grupo apenas para trabalhos desde o Direito, mas sim que questionem, justamente, as tradicionais formas de regulação normativa do gênero e das sexualidades. Dentre estes, propostas temáticas que relacionem, por exemplo, o Direito e as teorias queer; a homo/lesbo/transfobia; modelos de famílias; de parentalidades ou maternidades; as tecnologias reprodutivas; as violências contra mulheres trans ou cis; masculinidades; etc.